domingo, 29 de abril de 2012

Escadórios do Bom Jesus

Escadórios do Bom Jesus Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Coordenadas: 41° 33′ 16" N, 8° 22′ 45" O Santuário do Bom Jesus do Monte. Os Escadórios do Bom Jesus do Monte localizam-se no Santuário do Bom Jesus do Monte, na freguesia de Tenões, na cidade e concelho de Braga, distrito de mesmo nome, em Portugal. Ligam a parte alta da cidade ao Santuário, vencendo um desnível de 116 metros de altura, e seguem um percurso paralelo ao do Elevador do Bom Jesus. Ao longo do escadório erguem-se as capelas que representam a Via Sacra do Bom Jesus. Estão divididos em três grandes lanços: o chamado "Escadório do Pórtico", o "Escadório dos Cinco Sentidos" e o "Escadório das Três Virtudes".
Escadório do Pórtico Santuário do Bom Jesus: Pórtico. O Pórtico do Bom Jesus localiza-se na parte inferior do primeiro lanço da escadaria. Erguido em 1723, nele se inscreve o brasão do responsável pela sua construção, o então Arcebispo de Braga, D. Rodrigo de Moura Teles. No exterior dos pilares encontram-se duas inscrições: "Jerusalem sancta restaurada e reedificada no anno de 1723" e "Pelo illustrissimo senhor Dom Rodrigo de Moura Telles Arcebispo primaz" Neste lanço inicial encontram-se as primeiras capelas da Via-Sacra: "Cenáculo", "Horto", "Prisão", "Trevas", "Açoutes", "Coroação", "Pretório", "Caminho do Calvário", "Queda" e "Crucificação". Escadório dos Cinco Sentidos Este lance dos escadórios também é da responsabilidade do arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles que não os chegou a ver concluídos pois morreu em 4 de Setembro de 1728. Para a conclusão a administração da confraria obteve os recursos de um modo singular. A Companhia de Jesus e o seu colégio da Igreja de São Paulo em Braga estava em litígio com outros colégios de Braga, em particular com o Convento dos Congregados. Houve então em Braga manifestações dos estudantes dos outros colégios contra os jesuítas. Estes conseguiram fazer prender os rapazes mais rebeldes, e obrigar as suas famílias a pagar multas proporcionais aos seus rendimentos. O dinheiro recebido foi entregue à confraria para a feitura das estátuas de pedra que terminariam o escadório dos cinco sentidos. Os jesuítas inspirados na mitologia Grega escolheram as figuras, que a Mesa da Confraria, em Edital de 22 de Abril de 1774, julgou indecorosíssimas e indecentíssimas. Em satisfação a este edital foram mudados os nomes e os dísticos às imagens. Argos passou a chamar-se Vir Prudens; Orfeu-Editum; Jacinto-Vir Sapiens; Ganimedes-Joseph e Midas-Salomão.
Fonte da Visão
Fonte do Ouvido
Fonte do Tacto Fonte das Cinco Chagas A primeira fonte, a das Cinco Chagas lança numa concha em pedra cinco vertentes saídas dum escudo ornamentado na parte superior com os instrumentos da paixão. Tem a seguinte inscrição: Purpureos fontes odium reseravit adoxum nunc in chrisrallos hic amargo vertit amor - «Fontes de púrpura abriu então o ódio amargo; agora o amor transforma-os aqui em cristais para ti». [editar]Fonte da Visão Na fonte da Visão existe uma estátua lançando água pelos olhos e tem na mão esquerda uns óculos. Três águias olham para o sol. A estátua central é a imagem de um pastor com a mão sobre o peito e os olhos fechados. A inscrição é Vir prudens quasi in somnis vide et vigilabis. Eccles. C. 13, v. 17. - «Varão prudente, toma-as (as lisongeiras palavras) por um sonho e assim vigiarás». À direita a estátua de Moisés, tendo na cabeça dois raios de luz e na mão direita a vara com a serpente enroscada. A inscrição diz: Moysés. Quem cumpercussi aspicerent, sanabantur. Num.21, 9. - «Moisés. Aqueles que, feridos, a olhavam, saravam». À esquerda a estátua de Jeremias representa o sol e tem na mão direita uma vara com olhos, significando a que lhe mostrou numa visão. Na inscrição diz: Jeremias. Virgam vigilantem ego video. Jer. I -«Eu vejo uma vara vigilante». [editar]Fonte da Audição A fonte da audição, está representada por uma figura que lança água pelos ouvidos. Por baixo três cabeças de boi. A estátua central é de um jovem a tocar cítara com a inscrição: Idithum. Qui in cithara pro phetabat super confitentes et laudantes dominum. Paral. 25, 3. - «Que cantava ao som da cítara, presidindo os que cantavam e louvavam o Senhor». À esquerda está a estátua do Rei David tocando Harpa e a legenda David. Auditui meo dabis gaudium et laetitiam. Psalm. 50. - «Ao meu ouvido darás gozo e alegria». À direita a figura de uma mulher a tocar lira que diz Esposa dos cantares. Sonet vox tua in auribus meis. Cant. 2 - «Tua voz soe aos meus ouvidos». [editar]Fonte do Olfacto Na fonte do Olfacto a figura da fonte deita água pelo nariz, tem nas mãos uma caixa aberta e de cada lado um cão. A estátua por cima da fonte é de um varão sustendo a capa com a mão direita e pegando numa flor com a esquerda e a inscrição: Vir sapiens. Florete flores quasi lilium e date odorem. Eccl. 39, 19. - «Varão sábio. Dai flores como o lírio e rescendei suave cheiro». À esquerda está Noé sustentando nos braços um cordeiro, junto dum altar com a inscrição: Noé. Odoratus est dominus odorem suavitatis. Genes. 8.- «Noé. Percebeu o Senhor um suave cheiro». À direita Sunamites abraçada a uma palmeira dizendo: Sunnamites. Statura tua assimilata est palmae...et odor oris tui sicut malorum. Cant. Cantic. Cap. 7, vv 7 e 8. - «A tua estatura é semelhante a uma palmeira... e o cheiro da tua boca é como o das maçãs». [editar]Fonte do Paladar Na fonte do paladar a figura deita água pela boca e tem na mão esquerda uma maçã e de cada lado um macaco. A estátua central representa José do Egipto com um cálice na mão direita e um prato com frutas na esquerda e a inscrição Joseph. De benedictione domini in terra ejus, de pomis coeli, et rore. Deuter. 33, 13. - «A tua terra seja cheia das bênçãos do senhor, dos frutos do céu e do orvalho». À esquerda Jónatas com uma lança, desculpando-se de ter provado o mel do cortiço que tem ao lado, dizendo Jonathas. Gustans gustavi in sommitate vergae; et ecce morior... I Reg. C 14. - «Jonatas. Provei um pouco de mel na ponta duma vara; e eis porque morro...». Na estátua da direita Esdras segurando um cálice e pão, com o letreiro: Esdras. Gusta panem et nom derelinquas nos sigut pastor in medio luporum. Esdr. 4 C. 5 - «Esdras. Prova o pão, e não nos abandones, como o pastor no meio dos lobos». [editar]Fonte do Tacto Na fonte do Tacto uma figura tem uma bilha segurada por duas mãos, donde cai água, sendo as aranhas os animais simbólicos. A estátua central da fonte é de Salomão, segurando o ceptro, com a inscrição: Salomão. Venter meus intremuit ad tactum ejus. Cant. Cap. 5, v 4. - «Salomão. As minhas entranhas estremeceram ao seu toque». À esquerda a estátua de Isaías que diz: Isaias. Tetigit os meum. Isai. 6 - «Isaias. Tocou a minha boca». À direita a estátua de Isaac, cego com as mãos estendidas à procura do filho e proferindo:´´Isaac cego. Accedehuc, ut tangam te, filii mi. Genes, 27. - «Chega-te a mim, meu filho, para que te toque». [editar]Escadório das Três Virtudes Data de 1837 e possui três fontes dedicadas às Virtudes teologais: Fé, Esperança e Caridade. [editar]Fonte da Fé A fonte da Fé apresenta uma cruz simples com três goteiras nas aberturas dos cravos e a inscrição: Ejus fluent aquae vivae. Joan. 7, 38. - «Correrão dele águas vivas». A estátua central representa a Fé, figura de mulher com os olhos vendados, segurando um cálice com uma hóstia na mão esquerda e com a direita apontando para o ouvido. Na legenda lê-se: Fé. Fides... Argumentum nom apparentium...Ex auditu: Auditus Autem per verbum Christi. Ad Hebr. 11, 1, Rom. 10, 17. - «Fé...argumento das coisas que se não vêem...a fé é pelo ouvido: e o ouvido pela palavra de Cristo». À esquerda a estátua da docilidade. É uma mulher com o braço esquerdo levantado, apertando na mão uma serpente. No braço direito um escudo com uma cabeça de elefante, rematada por uma ampulheta coroada com uma serpente entre dois espelhos. A inscrição diz: Docilidade. Corde enim creditur ad justitian. Ad Rom. 10, 10. - «Com o coração se crê para alcançar a justiça». À direita a estátua da confissão, sustentando na mão esquerda as Tábuas da Lei e com a direita apontando para os mandamentos. A inscrição diz: Confissão. Ore auten confessio fit ad saluten. Ad Rom. 10, 10. - «Mas com a boca se faz a confissão para conseguir a salvação.» [editar]Fonte da Esperança A fonte da Esperança é simbolizada pela arca de Noé por baixo da qual cai água com a legenda:Arca in qua...animae salvae factae sunt...Petr. 3, V. 20. - «Arca na qual... se salvaram almas». A fonte tem no seu topo a estátua da esperança, pegando numa âncora na mão esquerda e uma pomba na direita e a inscrição: Esperança. Expectantes beatam spem et adventum gloriae. Ad Tit. 2, 13. «Aguardando esperança bem-aventurada e a vinda da glória. Do lado esquerdo a estátua da Confiança com um navio na mão e a inscrição: Confidentia. In spe erit fortitudo vestra. Isai 30, 15. - « Na esperança estará vossa fortaleza.» Do lado direito a estátua da Glória que segura o sol e uma palma com a inscrição: Gloria... Oculos non vidit nec auris audivit. Ad Corint. I C, 9. - «O olho não viu nem o ouvido ouviu». [editar]Fonte da Caridade A Caridade é representada por duas crianças de pé, tendo nas mãos um coração com uma bica de água. Ao centro e no plano superior está uma estátua de mulher com duas crianças nos braços e a inscrição: Caridade. Tria haec...major auten horum est charitas. Ad Corint. I C. 13, 13. - «São três estas virtudes... a maior delas, porém, é a caridade». À esquerda a estátua da Benignidade. Uma figura feminina com diadema coroado pelo sol, encostada a um elefante, com os braços abertos e um ramo de pinheiro na mão direita. A inscrição diz: Benignidade. Charithas...benigna est. I Cor. 13, 4. - «A caridade é benigna». À direita a estátua da Paz, com um ramo de oliveira na mão direita e a inscrição:Paz. Pax fratribus, et charitas cum fide. Eph. 6, 23. - «Paz seja aos irmãos e caridade com fé».
Fonte das Virtudes

Santuário do Bom Jesus do Monte

Santuário do Bom Jesus do Monte Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Coordenadas: 41° 33′ 17" N, 8° 22′ 17" O Santuário do Bom Jesus do Monte, Braga. O Santuário do Bom Jesus do Monte, também referido como Santuário do Bom Jesus de Braga, localiza-se na freguesia de Tenões, na cidade, concelho e distrito de Braga, em Portugal. Este santuário católico constitui-se num conjunto arquitetónico-paisagístico integrado por uma igreja, um escadório onde se desenvolve a Via Sacra do Bom Jesus, uma área de mata (Parque do Bom Jesus), alguns hotéis e um funicular (Elevador do Bom Jesus). A sua peculiar disposição serviu de inspiração para outras construções, como por exemplo o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios em Lamego, e o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos na cidade de Congonhas, em Minas Gerais, no Brasil. História Ver artigo principal: História do Bom Jesus Acredita-se que a primitiva ocupação deste sítio remonte ao início do século XIV, quando alguém terá erguido uma cruz no alto do monte Espinho. No ano de 1373 já é mencionada uma ermida no local, sob a invocação da Santa Cruz. Esta ermida terá estado anexa à paróquia de Tenões. Local de devoção e peregrinação das gentes da região de Braga, em 1494 foi erguida uma segunda ermida, por iniciativa do então Arcebispo de Braga, D. Jorge da Costa, conforme atestam as armas desse prelado, encontradas durante as obras empreendidas em 1839. Uma terceira ermida foi erguida em 1522 por iniciativa do deão da Sé de Braga, D. João da Guarda, período em que se registou um aumento da devoção no local. Em 1629 um grupo de devotos constituiu a Confraria do Bom Jesus do Monte, sendo edificada uma capela onde foi colocada uma imagem de Cristo Crucificado, além de casas para abrigo dos romeiros, e as primeiras capelas dos Passos da Paixão, sob a forma de pequenos nichos, dedicados aos episódios da Deposição da Cruz, da deposição no túmulo, da Ressurreição e da Ascensão. Foi nomeado o primeiro ermitão, Pedro do Rosário. A partir de 1722, o então Arcebispo de Braga, D. Rodrigo de Moura Teles, concebeu e iniciou um grande projeto que desembocaria no atual Santuário.
A Igreja do Bom Jesus Igreja do Bom Jesus c. 1849-1873. Ver artigo principal: Igreja do Bom Jesus Este templo foi projetado pelo arquiteto Carlos Amarante, por encomenda do então Arcebispo de Braga, D. Gaspar de Bragança, para substituir a anterior, erguida por D. Rodrigo de Moura Teles. As suas obras iniciaram-se a 1 de junho de 1784, tendo ficado concluídas em 1811. O adro, também projetado por Amarante, apresenta oito estátuas que representam personagens que intervieram na condenação, paixão e morte de Cristo. A igreja apresenta planta na forma de uma cruz latina, constituindo-se em um dos primeiros edifícios em estilo neoclássico no país. A sua fachada é ladeada por duas torres, encimada por um frontão triangular.
Escadórios Santuário do Bom Jesus: aspecto do escadório do Pórtico. Ver artigo principal: Escadórios do Bom Jesus Os escadórios vencem um desnível de 116 metros e estão divididos em três lanços: [editar]Escadório do Pórtico É acedido pelo Pórtico do Bom Jesus, um arco no início da escadaria, onde se encontra o brasão com as armas do responsável pela sua construção, em 1723, o então Arcebispo de Braga, D. Rodrigo de Moura Teles. Neste lanço inicial encontram-se as primeiras capelas da Via Sacra do Bom Jesus, erguidas no mesmo período. [editar]Escadório dos Cinco Sentidos Fontes alegóricas aos Cinco Sentidos. Neste trecho do escadório desenvolvem-se cinco lances de escadas, intervalados por patamares com fontes alegóricas aos cinco sentidos, pela seguinte ordem: "Visão", "Audição", "Olfato", "Paladar" e "Tato". Estas fontes são precedidas por outra, a "Fonte das Cinco Chagas", onde se lê a seguinte inscrição: "Fontes de púrpura abriu então o ódio amargo; agora o amor transforma-os aqui em cristais para ti." Fonte da Visão Caracteriza-se por uma figura que lança água pelos olhos, e possui a inscrição: "Varão prudente, toma-as por um sonho e assim vigiarás." Do lado direito, uma estátua de Moisés traz a inscrição "Aqueles que feridos olhavam saravam", e outra de Jeremias, com a inscrição "Eu vejo uma cara vigilante". Fonte da Audição Caracteriza-se por uma figura que lança água pelos ouvidos, com uma estátua de Idito a tocar cítara e a inscrição "Que cantava ao som da cítara, presidindo os que cantavam e louvavam o Senhor". Do lado esquerdo encontra-se David, com a inscrição "Ao meu ouvido darás gozo e alegria", defronte a uma mulher com a inscrição "Tua voz soe aos meus ouvidos". Fonte do Olfato Caracteriza-se por uma figura que lança água pelo nariz, com uma estátua de um varão encabeçada pela inscrição "Dai flores como o lírio e rescendei suave cheiro". Do lado esquerdo encontra-se a figura de Noé, e do direito Sulamita com a inscrição: "A tua estatura é semelhante a uma palmeira... e o cheiro da tua boca é como o das maçãs". Fonte do Paladar Caracteriza-se por uma figura que lança água pela boca, com uma estátua de José do Egito com um cálice e um prato nas mãos, e a inscrição "A tua terra seja cheia das bênçãos do Senhor, dos frutos do céu e do orvalho". Do lado esquerdo, a figura de Jónatas com a inscrição "Provei um pouco de mel na ponta duma vara e eis porque morro" e, do direito, Esdras com a inscrição "Prove o pão, e não nos abandones, como o pastor no meio dos lobos". Fonte do Tato Caracteriza-se por uma figura que segura uma bilha com as duas mãos, de onde lança água, com a estátua de Salomão e a inscrição "As minhas entranhas estremeceram ao seu toque". Esta estátua está ladeada por Isaías,com a inscrição "Tocou a minha boca", e a de Isaac, invisual, com as mãos estendidas à procura do filho e a inscrição "Chega-te a mim, meu filho, para que te toque". [editar]Escadório das Três Virtudes Fontes alegóricas às Três Virtudes. Nos mesmos moldes do Escadório dos Cinco Sentidos, este trecho data de 1837. Possui três fontes dedicadas às Virtudes teologais: a Fé, a Esperança e a Caridade. Fonte da Fé Apresenta a inscrição "Correrão dele águas vivas", e as suas alegorias referem-se à Docilidade e à Confissão. Fonte da Esperança Caracteriza-se por uma figura da arca de Noé por baixo da qual cai a água. Apresenta a inscrição "Arca na qual... se salvaram almas", e as alegorias referem-se à Confiança e à Glória. Fonte da Caridade Caracteriza-se por uma estátua de mulher com duas crianças nos braços, com a inscrição "São três estas virtudes... a maior delas, porém, é a caridade". A água jorra do coração de uma das crianças, e as alegorias referem-se à Benignidade e à Paz. O escadório, num total de 581 degraus, culmina no Terreiro de Moisés, onde se localiza a Fonte do Pelicano e a Estátua de São Longuinho, a que se segue o adro e a Igreja do Bom Jesus.
Elevador Elevador do Bom Jesus Ver artigo principal: Elevador do Bom Jesus Constitui-se num funicular que liga a parte alta da cidade de Braga ao Santuário. É gerido pela Confraria do Bom Jesus do Monte. Foi construído por iniciativa do empresário bracarense Manuel Joaquim Gomes, com projeto do engenheiro suíço Niklaus Riggenbach. As especificações foram recebidas pelo correio e a instalação do equipamento foi feita sob a orientação do engenheiro Raul Mesnier. O funicular foi inaugurado a 25 de março de 1882, sendo o primeiro a ser instalado na península Ibérica, um dos sete do género no mundo, e sem registo de qualquer acidente. É atualmente o mais antigo no mundo a utilizar o sistema de contrapeso de água. Os seus carros sobem e descem de meia em meia hora e levam entre 2,5 e quatro minutos a fazer todo o percurso, conforme o número de passageiros a bordo.
Parque Ver artigo principal: Parque do Bom Jesus O parque constitui-se numa área arborizada, com diversos jardins e lagos artificiais (o maior dos quais com barcos para alugar), um campo de ténis, jardim infantil, estabelecimentos de restauração, praças como o Terreiro dos Evangelistas e outras infra-estruturas.

Elevador do Bom Jesus

Elevador do Bom Jesus Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre Elevador do Bom Jesus Aspecto da linha do Elevador. Comprimento: 0,274 km Bitola: Bitola Padrão Legenda 274 Santuário × Estrada do Bom Jesus 0 Tenões Elétricos de Braga 1 (des.) [Expandir]Localização na rede Entrada, no sopé do monte (século XIX). Entrada, no sopé do monte (século XXI). Entrada, carruagem no topo do percurso, em 2007. Carruagem no topo do percurso, em 2006. O Elevador do Bom Jesus localiza-se no Santuário do Bom Jesus do Monte, na freguesia de Tenões, na cidade e concelho de Braga, distrito de mesmo nome, em Portugal. Operado pela Confraria do Bom Jesus do Monte, liga a parte alta da cidade ao Santuário, vencendo um desnível de mais de cem metros de altura, e segue um percurso paralelo ao dos Escadórios do Bom Jesus, terminando, na parte mais alta, junto à estátua equestre de São Longuinho. Sendo o primeiro funicular construído na Península Ibérica, é atualmente o mais antigo em serviço no mundo a utilizar o sistema de contrapesos de água.
História Foi construído por iniciativa do empresário bracarense Manuel Joaquim Gomes (1840-1894), com projeto de autoria do engenheiro suíço Niklaus Riggenbach. Este, a partir do seu país natal enviou todas as indicações necessárias para a execução do projeto e instalação dos equipamentos. Os trabalhos foram iniciados em março de 1880, com colaboração técnica do engenheiro português de ascendência francesa Raul Mesnier du Ponsard que, no local, superintendeu os trabalhos.[1] A inauguração ocorreu em 25 de março de 1882 (130 anos). O seu sucesso foi de tal ordem que, nesse mesmo ano, constituiu-se em Lisboa a Companhia dos Ascensores, que convidou Mesnier para projetar e instalar na capital portuguesa uma série de elevadores, como o da Lavra, o da Glória, o da Bica, o de Santa Justa, e outros —, uma parte dos quais se encontra até hoje em funcionamento. A campanha de reparações levada a cabo em 1946 utilizou material oriundo do desmantelamento do Comboio do Monte, na cidade do Funchal, na ilha da Madeira.[1]
Características Funciona sobre uma rampa, sendo constituído por duas cabines independentes, ligadas entre si por um sistema funicular do tipo "endless rope", com contrapeso de água.[2] Cada cabine tem um depósito, que é cheio de água quando no nível superior, e esvaziado quando no inferior. A diferença de pesos assim obtida permite a deslocação. A quantidade de água é calculada em função do número de passageiros nas cabines, a cada viagem. Distância: 274 m Desnível: 116 m Inclinação: 42% Tempo de Viagem: 2,5 - 4 min., dependendo do número de passageiros Velocidade média: 1,2 - 1,8 m/s [editar]Linha Linha do elevador: composta por duas vias paralelas, cada uma das quais com duplo carril e cremalheira central. Bitola: 1435 mm (bitola internacional) [editar]Cabo Data da Substituição do Cabo: 1956